DÚVIDAS FREQUENTES
Aqui você encontra respostas para algumas das dúvidas mais frequentes sobre Urologia.
As uretrites podem ser de origem inflamatória ou infecciosa e qualquer tipo pode produzir secreção uretral. Em geral, as uretrites de causa inflamatórias têm origem em doenças reumáticas ou em irritações produzidas por manipulações da uretra. As uretrites infecciosas geralmente são doenças sexualmente transmissíveis. Embora se admita que é possível adquirir uma uretrite sem contato sexual direto (a partir de roupas, banheiros, lençóis, etc), sabe-se que esta forma de contaminação é pouco provável. A via de contaminação mais aceita é a que ocorre por contato direto com uma pessoa contaminada. Em certos casos são necessários vários contatos para que se adquira a doença, mas é possível se adquirir com um contato isolado. O uso de preservativos masculinos ou femininos constitui-se em proteção bastante eficaz contra as uretrites. As mulheres também podem ter uretrites, mas nestas, os agentes causadores destas infecções atacam principalmente a vagina, o colo uterino e as trompas. Caso necessite maiores esclarecimentos fique à vontade para nos contatar novamente ou então procure um urologista.
Cálculos complexos estão se tornando cada vez mais raros e com isto a terapia está se tornando cada vez mais ambulatorial (o paciente não necessita ficar hospitalizado). No entanto, o manejo com sucesso exige competência em todos os aspectos, desde o diagnóstico, preparo do paciente, indicação da forma de tratamento até os cuidados no pós-operatório. O desafio, hoje, é empregar a abordagem ideal para cada situação específica.
O Complexo Hospitalar da ISCMPA, possui hoje, todas as alternativas para serem utilizadas no tratamento dos cálculos do aparelho urinário. Podemos citar:
1. Litotripsia extracorpórea por ondas de choque: o médico localiza o cálculo com o auxilio da radioscopia ou do ultrassom, ou ambos, e a máquina fragmenta o cálculo e o paciente elimina-o através da urina em fragmentos como grãos de areia.
2. Litotripsia intracorpórea percutânea: o médico localiza o cálculo com um aparelho de radioscopia ou ultrassom, punciona o rim através da região lombar com uma agulha, dilata o trajeto e coloca o nefroscópio com lente que permite a visualização do cálculo, fragmenta-o com a utilização de ultrassom e retira os fragmentos.
3. Litotripsia intracorpórea laparoscópica (usada em casos complexos): o médico realiza uma laparoscopia, entra no rim pelo sistema coletor (conhecido como pelve renal) e retira o cálculo, inteiro ou fragmentado.
4. Litotripsia intracorpórea: para cálculos de ureter (cálculo que trancou no trajeto entre o rim e a bexiga): o médico localiza o cálculo com Radioscopia e entra com o ureteroscópio pela uretra passa pela bexiga e vai ao encontro do cálculo. Aparelho que pode ser rígido, semirígido ou flexível, sendo que a utilização de um ou outro irá depender da localização e tipo de cálculo. Utiliza uma fonte de energia para fragmentá-lo (ultrassônica, eletro-hidráulica, pneumática ou laser) e depois retirá-lo. Um recurso muito utilizado nos casos de urgência é a drenagem do rim com o uso de um cateter conhecido como “Duplo J”, que drena o rim e o médico tem tempo para planejar corretamente o melhor procedimento. O “Duplo J” é de uso temporário devendo ser sempre retirado assim que o problema for resolvido.
O tamanho do pênis normal no homem brasileiro foi pouco estudado. Acredita-se que qualquer tamanho entre 4 a 18 cm em repouso e 7 a 27 cm ereto esteja dentro do normal. O que realmente importa é a função sexual. Neste caso, desde que você consiga obter e manter ereções, suficientes para penetração, que permitam levar a relação sexual até o final, não há necessidade de se preocupar com o tamanho do pênis. A discussão sobre as preferências individuais de homens e mulheres quanto ao melhor tamanho do pênis é muito polêmica e envolve aspectos culturais, emocionais e íntimos. Não existe consenso sobre esse tema. A Sociedade Brasileira de Urologia condena a realização de procedimentos para alongamento do pênis por enquanto, pois ainda considera todos os tipos como tratamentos em desenvolvimento (ainda em avaliação clínica).
Estes sintomas podem significar vários tipos de problema. Pode haver infecção urinária, presença de cálculos urinários (pedras nos rins, ureteres ou bexiga), inflamação uretral ou testicular. Normalmente, um histórico clínico completo é necessário, associado a exame clínico e, provavelmente, exames complementares. Procure um urologista para fazer uma avaliação completa. Lembre-se que quanto mais tempo levar para consultar um médico, mais difícil pode ser a resolução do problema.
Os sintomas que você refere podem representar uma infecção, uma inflamação transitória da uretra ou até podem ocorrer em pessoas normais. Nossos esclarecimentos são mais específicos quando você já tem um diagnóstico feito pelo seu médico. Procure um urologista para maiores informações.
A ereção deve se manter por tempo suficiente para penetração, para permitir que a relação se mantenha até a ejaculação e para permitir orgasmo da parceira em aproximadamente metade das vezes. A ejaculação é um reflexo desencadeado pelo estímulo do pênis. Este reflexo é automático e todo homem nasce com a característica de ejacular rapidamente. Os seres humanos aprenderam que a relação sexual pode ser feita como um ato de amor e prazer, por isso aprenderam a controlar o reflexo ejaculatório, a fim de prolongar a relação sexual. No entanto, a habilidade para controlar esse reflexo sofre inúmeras influências locais, emocionais e psicológicas. Não é possível avaliar qual o problema exato que está ocorrendo com você sem examiná-lo. Procure um urologista para obter maiores esclarecimentos.
A maioria das cirurgias da próstata não causa impotência. A ejaculação retrógrada ocorre em cerca de 75% das pessoas operadas. No caso de pacientes operados para tratamento de doenças benignas, a probabilidade de impotência é praticamente nula. No caso de pacientes operados por câncer de próstata, o risco de impotência varia de 30 a 100%, dependendo do caso (estágio da doença, tamanho do tumor, estado da função sexual antes da operação, idade). Todavia, em qualquer caso que o paciente tenha ereções, a sensação de orgasmo permanece praticamente a mesma. Somente a ejaculação está ausente (nos casos de câncer) ou é retrógrada (nos casos de doença benigna).
A ejaculação compreende três fases: emissão, ejaculação e orgasmo. Durante a fase de emissão o líquido seminal é acumulado progressivamente na uretra prostática (parte da uretra que atravessa a próstata). Nesta fase, a passagem para a bexiga está fechada pelo esfíncter interno (uma espécie de válvula que se abre somente no momento da micção) e a passagem para a uretra está fechada pelo esfíncter externo (válvula que se abre voluntariamente quando queremos urinar e ejacular). Assim, durante a atividade sexual a emissão inicia-se pouco depois da ereção e continua por algum tempo, depositando na uretra o líquido seminal proveniente dos ductos deferentes, das vesículas seminais e da próstata. O líquido é formado inicialmente em coágulos e bastante pastoso, podendo se liquefazer ainda no interior da uretra ou após a ejaculação. Por isso, o aspecto do líquido pode variar em consistência e coloração (variando de transparente, branco-acinzentado e amarelado). Este líquido acumula-se progressivamente e pode criar uma câmara de alta pressão dependendo do volume acumulado. Este volume depende da freqüência de relações sexuais (quanto maior a freqüência, menor o volume), da duração do ato sexual (quanto mais prolongado maior o volume) e do controle do homem sobre seu esfíncter externo (quanto melhor, mais fechado o esfíncter fica, e mais líquido pode ser acumulado). A ejaculação ocorre quando o homem tem a sensação iminente de orgasmo. Estas duas fases (ejaculação e orgasmo) são as de mais difícil compreensão pela ciência. Durante a ejaculação o esfíncter externo se abre e o indivíduo promove contrações fortes e repetitivas dos músculos do seu períneo que expulsam o esperma em jatos, sob forte pressão. A sensação de orgasmo é atribuída a fenômenos psíquicos que sofrem interferência de diversos fatores como ansiedade, depressão, medo, estresse, cansaço, etc. Estes fatores podem provocar distúrbios como contração perineal com o esfíncter fechado, fato que produz dor; relaxamento contínuo do esfíncter externo que impede que o acúmulo do esperma na uretra prostática e permite que o líquido seminal escoe continuamente; orgasmos precoces ou dolorosos, que limita a duração da relação sexual; ausência de orgasmo, que não permite a ejaculação. Um indivíduo pode apresentar diferentes tipos de problemas ejaculatórios que repercutem no relacionamento com sua parceira. Pelos conhecimentos atuais, a maioria dos distúrbios tem origem psicológica e deve ser abordada conjuntamente pelo homem, sua parceira e, às vezes, por médicos e psicólogos. Os distúrbios ejaculatórios podem ocorrer em qualquer fase da vida do homem, mas são mais comuns na juventude. Homens maduros, no entanto, podem apresentar distúrbios ejaculatórios como reação a problemas comuns da vida moderna como estresse, problemas de relacionamento com a parceira e depressão. O primeiro passo para quem tem um distúrbio ejaculatório é consultar um urologista para ser examinado e receber as orientações adequadas para cada caso.
A dificuldade de ereção que ocorre após a prostatectomia radical pode melhorar com o tempo. Por isso, até um ano após a cirurgia, os urologistas geralmente recomendam medidas mais simples como medicamentos administrados por via oral, injeções intra-cavernosas e próteses à vácuo. É importante, durante esse tempo, que o paciente tente ter relações frequentemente pois há indícios de que esta atitude acelera a melhora da disfunção erétil. Se o problema persiste após um ano, geralmente recomenda-se a cirurgia de implante de próstese peniana. Existem vários tipos e modelos de próteses e você pode discutir as vantagens e desvantagens de cada uma com seu urologista. Em casos onde o paciente já apresentava alguma alteração na função sexual antes da prostatectomia radical, ou naqueles em que houve necessidade de se remover os nervos da ereção, algumas etapas podem ser puladas e a cirurgia de prótese pode ser recomendada antes. Encontra-se em fase experimental uma pesquisa para reconstrução do nervo da ereção, utilizando-se fibras nervosas do tornozelo do paciente.
O tempo de latência (ou seja, tempo necessário para se obter uma nova ereção) varia de pessoa para pessoa e não tem valor definido como normal. Do ponto de vista clínico, quando uma pessoa consegue obter e manter ereção firme suficiente para penetração e que permite levar a relação até o seu final, a probabilidade de haver comprometimento físico é muito pequena. Geralmente, quando ocorrem episódios de tentativas de ereção frustradas ou dificuldade para a segunda ereção na mesma noite não deve haver motivo para se pensar que existe uma doença física. Todavia, existem fatores que provavelmente a ciência ainda precisa esclarecer sobre a fisiologia das ereções. Ao mesmo tempo, fatores emocionais podem interferir tanto na primeira relação da noite como nas tentativas de relação subseqüentes. Nesse caso, é muito difícil estabelecer a causa exata do seu problema. Sugerimos que você faça uma avaliação completa com um urologista e com um profissional da área de psicologia, especializado em sexualidade.
A dor testicular pode ser sinal de doença presente no testículo (orquite), no epidídimo (epididimite), na parede abdominal (hérnia) ou nos rins (cálculos). Algumas vezes pode ser uma dor de origem músculo-esquelética, mas esse é um diagnóstico de exclusão, ou seja, considera-se que a causa da dor é muscular quando as outras possibilidades foram excluídas. Procure o seu urologista e verifique se ele avaliou todas as possibilidades de diagnóstico urológico. O câncer de testículo produz nódulo indolor, endurecido, facilmente palpável no exame físico da gônada. Em casos de dúvida o urologista pode solicitar uma ultra-sonografia de bolsa testicular para definir melhor esse nódulo. Não é possível definir o quê exatamente está ocorrendo no seu caso sem examiná-lo, por isso, a melhor idéia seria consultar um urologista.
A função sexual e reprodutiva pode ser mantida em condições normais por apenas um dos testículos. Normalmente, o testículo remanescente pode suprir a produção hormonal e preservar a ereção e a fertilidade. No entanto é necessário observar a causa da perda desse testículo. Após traumatismos, normalmente a gônada remanescente fica normal. No caso de doenças infecciosas e congênitas pode haver comprometimento da fertilidade. Após torção bilateral do cordão espermático (estrutura que contém os vasos sangüíneos e nervos dos testículos), a produção de testosterona também fica comprometida.
Uma pequena diferença no tamanho dos testículos é normal. Diferenças maiores podem significar que existe um problema (atrofia ou crescimento de um dos testículos). Somente com um exame físico um urologista poderá lhe dizer a possibilidade de existir alguma doença. Os testículos atróficos podem doer, mas os normais também, mesmo sem infecções ou inflamações. Pode haver também o surgimento de tumores ou o acúmulo de líquidos ao redor dos testículos (hidrocele). As doenças dos testículos podem provocar problemas de fertilidade e dependendo das alterações observadas pode ser necessário realizar uma análise do sêmen. Procure um urologista para obter mais esclarecimentos.
A presença de cristais ou substâncias amorfas (sem forma definida) em uma amostra isolada de exame de urina não tem muito significado clínico. Quando estas alterações estão acompanhadas de sintomas ou são encontradas em amostra colhida durante 24 horas, pode significar alguma coisa, mas mesmo assim, tem pouca relação com cálculos urinários. O fator mais significativo para suspeitar-se de calculose urinária a partir de um exame de urinar é a presença de hematúria (sangue ou hemácias na urina). A causa mais comum de hematúria é cálculo urinário. A produção de cristais na urina aumenta quando a concentração está aumentada (quando uma pessoa ingere pouca quantidade de líquido durante o dia). Se o exame foi realizado apenas por razões preventivas e você não está sentindo nada, fique tranquila. Porém, se foi realizado para investigação clínica de algum sintoma que você estava apresentando, é melhor você consultar o médico que solicitou o exame.
O termo "cistite crônica" é atribuído ao tipo de processo inflamatório que é observado ao microscópio em uma lâmina de biópsia da bexiga urinária. Existem diferentes doenças que provocam esse tipo de inflamação. Algumas doenças têm causa conhecida e podem ser curadas. Outras, de causa desconhecida, ainda não podem ser curadas. Todavia, podem ser tratadas de modo a aliviar os sintomas e dar mais conforto aos portadores do problema. A informação mais importante que uma pessoa portadora de cistite crônica deve saber é que esses casos não se transformam em doenças malignas (como câncer, por exemplo). Além disso, é preciso fazer uma lista completa dos fatores desencadeantes das crises dolorosas (por exemplo, alimentação, bebidas, nervosismo, ansiedade, clima, etc) e uma lista completa dos fatores de alívio. Além disso, a freqüência das crises e o impacto dos sintomas nas atividades cotidianas devem ser anotados. Finalmente, o exame físico e a presença de doenças associadas têm que ser levantados. De posse dessas informações, procure um urologista para obter orientações específicas sobre o seu caso.